segunda-feira, 9 de abril de 2012

HTPC DE 09 A 13/04

QUERO VOLTAR A CONFIAR!

Fui criado com princípios morais comuns:
Quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades dignas de respeito e consideração.
Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto.
Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades…
Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade…
Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror…
Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos.
Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão.
Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos.
Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos.
Não levar vantagem em tudo significa
ser idiota.
Pagar dívidas em dia é ser tonto…
Anistia para corruptos e sonegadores…
O que aconteceu conosco?
Professores maltratados nas salas de aula,
comerciantes ameaçados por traficantes,
grades em nossas janelas e portas.
Que valores são esses?
Automóveis que valem mais que abraços,
Filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano.
Celulares nas mochilas de crianças.
O que vais querer em troca de um abraço?
A diversão vale mais que um diploma.
Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa.
Mais vale uma maquiagem que um sorvete.
Mais vale parecer do que ser…
Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo?
Quero arrancar as grades da minha janela para
poder tocar as flores!
Quero me sentar na varanda e dormir com a
porta aberta nas noites de verão!
Quero a honestidade como motivo de orgulho.
Quero a vergonha na cara e a solidariedade
Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar olho-no-olho.
Quero a esperança, a alegria, a confiança!
Quero a esperança, a alegria, a confiança!
Quero calar a boca de quem diz:
“ temos que estar ao nível de…”,
ao falar de uma pessoa.
Abaixo o “TER”, viva o “SER”
E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como um céu de primavera,
leve como a brisa da manhã!
E definitivamente bela, como cada amanhecer.
Quero ter de volta o meu mundo simples e comum.
Onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases.
Vamos voltar a ser “gente”
Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas.
Utopia?
Quem sabe?...
Precisamos tentar…
Quem sabe comecemos a caminhar transmitindo essa mensagem…
Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!


PROFESSORES, ACREDITO QUE O TEXTO ACIMA, SEJA UM POUQUINHO DO NOSSO DESABAFO, COMPLEMENTE COM SEUS COMENTÁRIOS..........
 

 
Atenção professores: ao terminar seu comentário por favor coloque seu nome. 

12 comentários:

  1. Dimas J. R. Faria
    Tudo que está escrito acima, faz parte dos bons tempos, hoje os conceitos de moral, dignidade, respeito, não existem mais.
    O ensino também mudou, hoje se o professor for aplicar o ensino de 20 anos atrás,se torna inadequado, fora de época. Tudo bem, hoje estamos na era dos computadores e celulares, portanto temos que mudar, evoluir com o tempo. Com tudo isto, deixo uma pergunta: porque o ensino está cada vez pior?

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  2. concordo com o professor Dimas J.R. Faria de que o que foi escrito acima não existe mais etc.

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  3. É dificil ás vezes querermos a resposta para tudo infelismente é o preço do nosso progresso, avançamos em termos de tecnologia, medicina social mas tudo isto tem um preço é o efeito colateral do nosso progresso, tomamos medicamento para a pobreza a fome a doença trabalhamos muito, passamos muito tempo no emprego para ganhar mais dinheiro, mas é também um remédio que tem um efeito colateral que é a indiferença a falta de amigos as grades nas janelas e portas. "TUDO TEM UM PREÇO "

    MARCOS AUGUSTO

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  4. Verdade, TUDO TEM UM PREÇO...
    Esta cultura imediatista, trazida pelo capitalismo, e que está cada vez mais arraigada em nós, nos faz querer cada vez mais e mais... A vida se torna mais cara a cada dia, e nós cada vez mais estamos querendo possuir mais para poder comprar nosso conforto físico... O que esquecemos, é que a busca deste conforto físico, vem nos tirando pouco a pouco, um bem mais valioso ainda: a paz de espírito...
    Os pais correm tanto, e querem tanto sua felicidade no agora, que não preocupam-se mais em construir um amanhã para si e para seus filhos... Eles preocupam-se em não ter dor de cabeça satisfazendo os desejos imediatos de seus filhos, e esquecem de ensiná-los valores que construirão um amanhã mais firme e saudável para suas crianças...
    Os professores estão oprimidos nas salas de aula, pela quebra das autoridades em nossa sociedade... E em contra-partida, os mesmos mestres oprimem seus alunos para se vingarem de seus problemas pessoais, financeiros e da opressão que sofrem por parte de um grupo capitalista de hierarquia superior... As pessoas cobram umas das outras, suas insatisfações do agora, mas ninguém tem coragem de olhar para si e procurar pelos reais motivos dessas insatisfações. A opressão, muitas vezes não está no outro que acusa, mas no eu que tem o medo e o preconceito de assumir que é devedor daquela acusação...
    Vivemos uma democracia absolutista... Vivemos uma anarquia em que os jovens dominam sobre os velhos... Vivemos uma busca constante pelo poder e pelo conforto, onde vendemos nossos próprios princípios e valores pela ganância do "se dar bem"...
    Exigimos respeito, mas não respeitamos... Queremos melhorias, mas desvalorizamos os que tomam iniciativa...
    Será que o mundo mudou? Ou que ele sempre foi hipócrita, e a liberdade do mundo moderno está revelando a verdadeira essência do ser humano... O instinto que o faz igual a qualquer outro animal: "A sobrevivência do mais apto"... Talvez o erro esteja em mim, antes de estar em todos vocês... Ou talvez não haja erro, simplesmente estamos revelando quem somos: humanos egoístas...
    TUDO TEM UM PREÇO... Estamos pagando o preço da liberdade que tanto almejamos... Estamos dando diamantes por um prato de angu que nos satisfaça agora... Depois reclamaremos nossos diamantes...
    Estamos exigindo o amor, a honestidade, a submissão dos outros... Mas somos nós também desonestos, insubordinados e rancorosos...
    O OUTRO NUNCA NOS AGRADARÁ, ENQUANTO EXIGIRMOS QUE ELE SEJA AQUILO QUE NÓS MESMOS NÃO ALCANÇAMOS...
    O AMOR, AO PRÓXIMO E A NÓS MESMOS, É O DOM EXCELENTE... E É ELE QUE FALTA NO MUNDO ATUAL...

    Prof. Valdemir

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  5. Concordo com o discurso do texto acima, mas não podemos esquecer que a televisão contribui para a construção de
    valores coletivos distorcidos, programas que não favorecem em nada a educação dos jovens.
    Hoje os filhos estão sem famílias, onde está o amor,o afeto, presença sentimental...simplesmente não está.
    Quando um jovem não tem limites desde a infância...vira um
    monstro quando cresce, ele não conhece a palavra não, então fica assim: não para ser correto, não para estudar, não para amar, não para a disciplina, não para o respeito, não para responsabilidade. Profa. Paula Mourão

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  6. Com o passar dos anos houveram mudanças sim mas não podemos esquecer que os valores que recebemos de nossos familiares temos que preservarmos pois acreditamos no que foram passados de uma ou de outra.Portanto vamos estar abertos para mudanças e não resistirmos a cada maneira de vermos as coisas fechando os olhos não querendo enxergar o que é para contribuir e multiplicar.PROFESSORA kátia ARAÚJO.

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  7. É uma reflexão importante, séria, à qual devo me associar. O mundo muda muito rapidamente e às vezes tento diminuir a velocidade para contemplar o passado e de repente já perco o compasso da história e tenho que correr muito para alcançá-la.

    É uma tomada de consciência difícil, dura, doída da inadequação que vivo diante do ritmo das mudanças.

    Penso sim na tragédia que será a rejeição dos valores básicos da vida... dos valores humanos... dos valores que diferenciam os humanos da animalidade. Hoje, por exemplo, uma porta foi aberta, com a legalização do aborto dos fetos sem cérebro.... Queira Deus se essa não porta não escancare de vez à banalização da vida, dos valores, enfim. Nessa questão, são tantas as polêmicas, porém preciso desconfiar de tudo. Tenho, infelizmente, que desconfiar na moralidade dos médicos, nos interesses das indústrias de cosméticos, pois os fetos são excelente matéria prima para o ramo. Há quem diga que nada muda, pois a palavra final continua com a mãe e é ela quem decidirá sobre o aborto ou não. Mas o que me assusta neste processo todo é, de fato, a banalização.

    Tudo é banal, conforme os interesses em jogo. Não vale mais a pena voltar os olhos ao passado. Quem gosta de coisa velha é museu, são os professores de História. Tenho que vive o presente, a vida real verdadeira está aqui, no presente. Por que pensar em Deus? Por que pensar em valores? Por que pensar em família? Por que pensar em vida? O que interessa mesmo é presente.

    Não sei o que dizer..... Tenho saudade também....Também acredito em Deus,... Penso na poesia, na boa música, na educação, na polidez, em algumas etiquetas, na sobriedade no vestir, no falar, no sorrir simpaticamente, no cumprimentar olhando nos olhos.... Desejo que nada disso se perca. Tenho netos, não posso me desesperar ao imaginar o mundo que os espera. Mas preciso ter consciência de que algumas realidades são irremediáveis.

    Escreveu: JOSE GONÇALVES DOS SANTOS

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  8. A nossa sociedade caminha para o caos, ou sempre esteve no caos?
    Os problemas (desafios) de ontem são os mesmos do de hoje, ou o ser humano mudou? O homem evoluiu cientifica e tecnologicamente, mas continua sendo sempre o mesmo, corruptível, propenso ao mal, ou seja, a imoralidade.
    Penso que homem, mesmo sujeito ao mal, torna-se necessário lembrá-lo que a vida é feita de escolhas éticas, é aqui que entra o papel da educação: educação na família (só que ninguém dá ao outro o que não possui!?) e depois a educação “técnica” na escola, que também está crise, sem rumo, embora não é o que pensa nossos governantes.
    O texto é nostálgico e utópico. A nostalgia gera apenas melancolia. Mas a utopia serve para nos fazer caminhar, assim como um horizonte, quando pensa que lá está outro se põe a nossa frente, fazendo-nos caminhar.

    Antonio Maia

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    1. JOSE GONÇALVES ESCREVEU

      Maia, parabéns por suas palavras... Você me fez lembrar de algo que sinto e que não conseguia expressar: a nostalgia. De fato o passado é notalgico por essência, e, concordando com você, essa nostalgia pode ser superada pela utopia, que nos impulsiona ao caminhar. Pobre do povo que se desvincula da sua utopia, ou que transfere sua utopia para os letrados, restringindo-a aos acadêmicos. Recomendo ver no "youtube" uma fala de Rolando Boldrin, na qual interpreta um texto de Rui Barbosa "Tenho Vergonha de Mim". É sensacional (na minha opiniçao e está no CD que lhe dei) e reflete muito bem o nosso pensamento... O caos se avizinha e quem viver verá...

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  9. O texto é da escritora gaúcha Sara Maria Binatti dos Anjos (rregistrado na BN). Abraços, Antonio Pedro.

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  10. Este comentário foi removido pelo autor.

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  11. Bem, o que dizer de tantas palavras e belas mensagens. Sei que não é fácil para ninguém viver uma vida como a nossa. Vida de professor(a). Mas também sei que tudo seria muito mais difícil se não encarássemos os fatos e avante. Esses bos tempos (quando éramos respeitados como educadores) não voltam mais, mas poderemos fazer dos tempos vindouros um pouco menos pior só pelo fato de reconhecermos que existe em nós uma vocação única para a felicidade. Isso mesmo. Somos os únicos nesse planeta que depois de um dia todo dando o melhor de nós para pessoas que ninguém quis saber em suas próprias casas e que provavelmente já desistiram deles...somos nós que ao encontrarmos mais tarde com um deles na rua ficamos felizes por que ele ou ela nos chamou de algo como: "ah é o professor". Você não fica feliz? Pois eu fico e cá entre nós, acho que é isso que nos faz seguir adiante e acreditar que ainda vamos virar esse jogo. Ainda vamos viver numa sociedade onde a lei será o amor e a regra será amar. Amar a todos, começando pelos professores. O resto se fará naturalmente, pois a base angular será forte, será amada, será respeitada, copiada, será valorizada, será a única reverenciada, será cada um de nós PROFESSORES e PROFESSORAS.

    Marcos A. Vilas Boas

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