sábado, 28 de abril de 2012

HTPC da semana de 30/04 a 04/05.

O Estatuto da Criança e do Adolescente e a Educação, uma luta incansável

*Por Amélia Bampi, técnica da área de Educação da Fundação Abrinq - Save the Children

Na Idade Média a escolarização formal não era direito de todos. O conhecimento sistematizado era restrito à monarquia e membros da corte e destinado principalmente aos homens.

Alguns avanços surgem na Idade Contemporânea com a luta pela universalização do direito à Educação que caracteriza o processo educacional único.

A busca pela escolarização formal visava unicamente a formação profissional dos sujeitos, mas ao longo das caminhadas sociais, chegamos ao entendimento de que a escola seria um local onde se formam profissionais cientes de seus direitos e deveres.

No Brasil, essa caminhada iniciou-se com a promulgação da Constituição Federal em 1988, que trazia consigo o resguardo do direito à Educação. Ela prevê no artigo 208 o dever do Estado com a Educação Básica obrigatória e gratuita a todas as crianças, adolescentes e a todos que não tiveram acesso na idade própria.

Em 1996, tivemos mais um avanço com a criação da LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei nº 9.394/96), que da ação conjunta do texto constitucional e do seu contexto nascem a política e o planejamento educacionais e depende o dia a dia do funcionamento das redes escolares de todos os graus de ensino.

O artigo 1º prevê: “A Educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”.

Uma educação que realmente contribua para a formação dos sujeitos só será alcançada se levarmos em conta as peculiaridades das sociedades em que estes vivem. Pois de acordo com a LDB a educação é um somatório de processos formativos que ocorrem na sociedade e se desenvolvem mediante a interação do educando com esta.

Sabe-se que a lei por si só não garante a qualidade do ensino nem a permanência do aluno na escola, implica também na efetiva ação e postura dos profissionais envolvidos na educação, bem como implementação de um Projeto Político Pedagógico que atenda a necessidade de inclusão, consolidando assim o artigo 53 do ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei n.º 8069/90:

“A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II. direito de ser respeitado por seus educadores;

III. direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;

IV. direito de organização e participação em entidades estudantis;

V. acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.”

O Estatuto institui um verdadeiro sistema jurídico político e deveres para crianças e adolescentes de nosso país. Por isso, tudo que esteja relacionado a esse público tem que obedecer esta lei, para protegê-los integralmente.

No campo da educação o compromisso social é garantir escolarização com qualidade a todas as crianças e adolescentes, até os 18 anos, lutar pela não-exclusão da escola, protegê-las diante da situação de vulnerabilidade social, enfim, assegurar a apropriação do saber em sua forma mais ampla. Para tanto, a escola deve rever diariamente suas práticas, ser flexível às mudanças sociais e estar atenta ao combate de trabalho infantil, violência doméstica e exploração sexual, por fim, de todos os atos que sejam danosos ao pleno desenvolvimento dos sujeitos.


Professor, com sua experiência, relate-nos o que a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente mudou na prática da vivência em sala de aula. O que poderia ser melhorado?

OBS: ao terminar seu comentário por favor coloque seu nome.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

HTPC DE 23 A 27/04

Por que o aluno brasileiro aprende tão pouco?


O ensino público brasileiro está de recuperação. Dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) indicam que 70% dos alunos das séries avaliadas (quinto e nono anos do ensino fundamental e terceiro do ensino médio) não atingiram níveis de aprendizado considerados adequados em língua portuguesa e matemática. O número mais alarmante está no terceiro ano do ensino médio: apenas 9,8% dos alunos dominam conhecimentos que deveriam saber em matemática.
"Esses dados nos fazem concluir que o grande problema da educação brasileira está no aprendizado. O aluno está na escola, mas não aprende", diz Priscila Cruz, diretora executiva do Movimento Todos Pela Educação. "Nos Estados Unidos, 88% dos alunos possuem um aprendizado adequado. Ou seja, ainda temos um déficit educacional muito grande".
Se a questão central da educação é a aprendizagem, é inevitável perguntar: por que o aluno brasileiro aprende tão pouco? A resposta constitui um mosaico cheio de processos que precisam estar encaixados de maneira eficiente. A peça central, porém, está no docente: um professor qualificado gera qualidade de aprendizagem, que por sua vez gera qualidade na educação. "O professor é o grande ator de uma política educacional de sucesso e o avanço dos índices depende em grande parte do investimento na carreira docente", afirma Célio da Cunha, professor da Universidade de Brasília (UnB) e consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Arthur Fonseca Filho, ex-presidente do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, concorda: "As pessoas mais bem preparadas hoje não procuram a carreira do magistério. Precisamos valorizar a função docente para inverter essa lógica e melhorar a educação". Além de atrair os melhores, é preciso oferecer formação inicial e continuada de qualidade que prepare o mestre para a realidade escolar. "A formação do professor é uma questão estruturante. Sem ela, nenhuma melhora é possível", sentencia Guiomar Namo de Mello, especialista em educação .
Selecionar os melhores profissionais e investir na formação deles provou-se ser uma prática tão eficaz que está no topo das principais lições a serem aprendidas a partir de exemplos bem-sucedidos de modelos educacionais do mundo. O relatório Como os Sistemas de Escolas de Melhor Desempenho do Mundo Chegaram ao Topo, elaborado em 2008 pela consultoria americana McKinsey, mostra que na Coreia do Sul os futuros professores do ensino fundamental são recrutados entre a elite dos alunos do ensino médio. Por aqui, boa parte do professorado vem dos piores alunos. A maioria encontra ainda no ensino superior um formação deficitária.
Investimento – Outro foco de discussão no processo de melhoria do ensino são os investimentos. Segundo dados oficiais, o governo federal investiu 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em educação básica em 2008. O número é digno de comemoração, se considerarmos que, em 2003, a cifra era de 3,2%. Apesar do crescimento, o número ainda está distante dos 5% considerados suficientes para sustentar um avanço significativo na educação para os próximos anos.
O gargalo pode estar não apenas no montante destinado ao setor, mas também na administração desses recursos pelos gestores das redes. É papel deles converter a verba em um ambiente propício para a aprendizagem. "Seria uma inconsequência aumentar os recursos sem ampliar nossa capacidade de gestão", diz Priscila Cruz. Mais uma vez, os exemplos internacionais ajudam a mostrar o potencial de investir em uma boa gestão dos recursos. Em Cingapura, onde o índice de analfabetismo atinge 3,7% da população, a seleção de bons gestores passa por uma triagem rigorosa. O selecionados passam por uma formação de seis meses, com direito até a estágio no exterior.
Para auxiliar na tarefa de conscientizar os gestores de sua importância, o Movimento Todos Pela Educação propõe uma lei de responsabilidade educacional. “Não adianta o gestor gastar licitamente o dinheiro destinado à educação sem ofertar um ensino de qualidade para os alunos de sua rede. Mesmo que ele não esteja roubando dinheiro, ele está roubando vidas”, afirma Priscila. "Ele precisa se responsabilizar, e ser punido se necessário, caso os resultados não estejam de acordo com o esperado”.
Professores, gestores, investimento. Essas são apenas algumas das peças que devem construir o grande mosaico da educação no Brasil. Em janeiro, a tarefa de acelerar o ritmo em direção a uma educação básica de qualidade será a assumida por um novo governo. A ele, os especialistas pedem clareza nas metas a serem atingidas e foco para alcançá-las. Para isso, o trabalho coordenado com estados municípios é fundamental, já que a responsabilidade pela administração direta da rede pública de ensino atualmente não cabe ao governo federal. Arthur Fonseca Filho sintetiza: “É preciso que cada instância – federal, estadual e municipal – assuma seu papel no regime de colaboração por uma educação de melhor qualidade”.




Repassamos a pergunta a você professor, na sua opinião porque o aluno brasileiro aprende tão pouco?
 
OBS: Ao terminar seu comentário, favor colocar o seu nome.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES – PROJETO “EU ME AMO”


Diversas atividades e práticas dentro do eixo temático ‘saúde’ foram desenvolvidas com os alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, na disciplina de ciências, e com os alunos do 1º ano do ensino médio, na disciplina de biologia.
Com os alunos do fundamental, o foco principal do trabalho foi a conscientização e a divulgação de informações no que diz respeito às doenças epidêmicas como a dengue (6º ano); as doenças infectocontagiosas como a tuberculose, a meningite e a hepatite (7º ano); a obesidade e o sedentarismo (8º ano), e o abuso de drogas e álcool (9º ano). As idéias de como realizariam o trabalho partiram dos próprios alunos e com o propósito de divulgação dos mesmos, foram criadas páginas em redes sociais como o Twitter e Facebook, além de um e-mail e quatro blogs.
Também como parte do projeto, os alunos recolheram folhetos informativos nos postos de saúde do bairro e desenvolveram desenhos, folhetos e cartazes informativos sobre os temas trabalhados. Os alunos do 7º ano orientaram seus colegas das demais turmas a praticar alongamentos e exercícios em suas casas ou na sala de aula e os alunos do 9º ano desenvolveram uma pesquisa estatística que visa conhecer o grau de envolvimento dos alunos da escola com as drogas lícitas e ilícitas. Parte do projeto ainda está em andamento.
Já no ensino médio, o foco do trabalho desenvolvido foi o de buscar informações e orientações precisas acerca das doenças infectocontagiosas como a Hepatite A, B, C e D e as Meningites Viral e Bacteriana. Os alunos produziram trabalhos escritos sobre um dos temas de sua escolha e os apresentaram aos demais colegas da classe.

CONTROLE DA OBESIDADE – ÍNDICE DE MASSA CORPORAL



RESPONSÁVEL: Professor Rinaldo Giovani Teixeira

PÚBLICO ALVO:  Alunos dos 3ºos Anos do Ensino Médio.

Introdução:

            Muitos problemas de saúde estão aparecendo no Brasil e entre eles estão a obesidade e a hipertensão arterial. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a obesidade é um problema de saúde pública. Um dos instrumentos para fazer o diagnóstico desta doença é o IMC, muito utilizado pela sua simplicidade, rapidez e facilidade de compreensão. Ele se baseia na relação entre o peso e a altura do individuo. É uma medida que leva em consideração o peso em excesso da pessoa e os riscos que este sobrepeso pode trazer.

OBJETIVOS:

  • Evidenciar a relação direta entre atividade física regular e a saúde do ser humano, buscando novas estratégias para a adoção de um estilo de vida mais ativo ao longo da vida.
  • Integrar os alunos num alerta à necessidade de se praticar a atividade física e adotar uma alimentação saudável, e a  utilizar esta prática diária como ferramenta para a promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida.

DESCRIÇÃO DO PROJETO:

  • Aferir o Índice de Massa Corporal de todos os alunos.
  • Desenvolver um trabalho de orientação sobre a importância da prática de atividade física e alimentação saudável no dia a dia e seus benefícios para a melhoria da qualidade de vida e para a promoção da saúde.

Primeiramente em sala de aula, todos os alunos  recordaram o cálculo de IMC. 

Em seguida foi aferido o  peso e altura, com auxílio de uma balança de precisão.


Á medida que a pesagem e a tomada de altura eram verificados, alguns alunos, com uma calculadora em  mãos, informavam aos colegas, o IMC apurado e a sua classificação na respectiva tabela.


                                        
CLASSIFICAÇÃO
Valores
Baixo peso
<18,5
Normal
Entre 18,5 e 25
Sobrepeso
Entre 25 e 30
Obesidade
> de 30



Resultado final - IMC dos alunos dos 3ºs anos

CLASSIFICAÇÃO
PORCENTAGEM
ABAIXO DO PESO
15%
NORMAL
64%
SOBREPESO
17%
OBESIDADE GRAU 1
04%