Especialista em educação diz que aluno tem de sentir utilidade no que aprende
“Os
alunos estão cansados de estudar coisas que lhes dizem que um dia vão
entender a importância. Eles têm que entender e sentir a utilidade já!”
Essa seria uma das principais estratégias para aumentar o interesse dos
alunos na escola, de acordo o economista Ladislau Dowbor, que é
professor da PUC-SP e participou, no último dia 25 de novembro, do
lançamento de uma coleção de cadernos sobre a tecnologia social do Bairro Escola,
uma publicação da Associação Cidade Escola Aprendiz, em parceira com a
editora Moderna, para a qual Dowbor colaborou ao conceder a entrevista a
seguir.
Como seria uma escola menos “lecionadora” e mais articuladora, como o senhor defende?
O
conteúdo geral do que se ensina está se deslocando. É o velho debate:
se a cabeça tem de ser bem cheia ou bem feita. Na realidade, está se
tornando muito mais importante dar sentido ao que a gente está
estudando. O matemático Ubiratan D’Ambrósio menciona uma frase que eu
uso também: “Os alunos estão cansados de estudar coisas que lhes dizem
que um dia vão entender a importância”. Eles têm que entender e sentir a
utilidade já! A criança possui uma curiosidade natural imensa por
entender as coisas, veja a forma como eles desmontam um brinquedo, é o
que a Madalena Freire chama de “paixão de conhecer o mundo”. Sob esse
pano de fundo a gente está começando a repensar de uma maneira muito
mais ampla qual é o conteúdo que estamos ensinando.
Eu
me lembro de experiências que eu tive na Guiné-Bissau, na África, onde
houve uma iniciativa de educação no interior de uma região produtora de
arroz onde se dava num dia de aula, por exemplo na segunda-feira, o
estudo das estruturas produtivas, no outro dia as estruturas sociais e
por aí vai. São povos que vivem do arroz irrigado. Então, ensinava-se
química mostrando o que é capilaridade, como é a salinidade da água e
todas essas coisas que eles conhecem pela prática. Quando eles adquirem a
compreensão teórica dos mecanismos que estão por trás disso, isso
apaixona. Não havia nesta experiência o fatiamento em disciplinas e
havia, essencialmente, a vontade de dar aos alunos instrumentos da
compreensão do próprio mundo deles. O gosto de aprender é 90% da
capacidade de aprender, porque é isto que realmente estimula.
Em
um artigo publicado na revista Estudos Avançados da USP, no ano
passado, o senhor exemplifica essa mudança com o que aconteceu em
Pintadas, na Bahia. Explique melhor o que eles fizeram de tão inovador.
Este
caso está diretamente ligado à mudança da cultura política. Pintadas é
uma cidade onde a prefeitura foi assumida por movimentos sociais e eles
passaram a buscar respostas para os seus problemas. Grande parte dos
municípios do Nordeste localizados na região da Caatinga está envolvida
com os programas de cisternas, movidos por uma rede de organizações da
sociedade civil chamada Articulação no Semiárido (ASA). Isto porque na
região Nordeste há a chuva, só que ela está concentrada em um período do
ano, cai, se infiltra nos lençóis freáticos e desaparece. O que eles
fazem? Captam essa água em cisternas (cada cisterna recebe até 16 mil
litros), o que permite à família sobreviver durante o período seco com
água suficiente, inclusive para jardinagem, cultivo de legumes e coisas
do gênero. Isto é uma apropriação de conhecimento pela comunidade. Não
são grandes conhecimentos, mas são essenciais em termos de responder às
necessidades do lugar.
E
a educação nisso? Apesar de Pintadas ficar no semiárido, as crianças
nunca tinham tido uma aula sobre o semiárido, suas limitações e
potencialidades. Hoje se ensina o semiárido nas escolas de Pintadas. É
óbvio que isto envolve uma mudança de atitude na comunidade, e não só na
escola, porque é preciso que ela esteja interessada em conhecimentos,
que desperte para o fato de poder reconstruir o seu entorno de maneira
diferente, porque o desenvolvimento não é uma coisa que chega lá de
cima, é uma coisa que se faz. A partir daí, a própria escola passa a
demandar conhecimento, não é mais “o que se empurra”, como estudar quem
foi dona Carlota Joaquina, decorar o comprimento do Nilo, etc. Em termos
de economia, já que sou um economista, poderíamos dizer que não é por
oferta, mas por demanda que se organiza o conhecimento. Isso já foi
visto e apresentado como uma visão reducionista, mas não é.
E como se combate a crítica de que esta seja uma visão reducionista da educação?
Demonstrando
que a experiência concreta da criança é o seu entorno e quando se dá
instrumentos óticos para a compreensão deste entorno, no qual a criança
tem a sua experiência de vida, a assimilação dos conceitos teóricos se
torna incomparavelmente mais rica. A partir daí, o aluno entenderá
melhor outras dimensões mais amplas. Então, não se trata simplesmente de
substituir uma educação pela outra, mas de enriquecer. Eu acho que isto
nos leva a uma compreensão mais abrangente da educação, no seguinte
sentido: eu cada vez menos trabalho com o conceito de educação e cada
vez mais com o conceito de gestão do conhecimento.
Por
exemplo: Jacob Anderle, que foi secretário de Educação de Santa
Catarina, montou naquele Estado um projeto chamado “Minha Escola, Meu
Lugar”. A escola passou a ser uma articuladora dos conhecimentos
necessários à própria comunidade, gerando uma escola menos lecionadora e
muito mais articuladora dos diversos subsistemas de conhecimento.
Precisamos entender o seguinte: a ciência não está mais como um tipo de
estoque acumulado na cabeça do professor. A ciência existe numa rede que
você pode fazer com faculdades regionais, em sites na internet, com os
mais diversos temas científicos disponíveis a custos irrisórios, ou
seja, há uma disponibilidade do conhecimento e você tem de aprender a
fazer a apropriação inteligente e o cruzamento desses conhecimentos.
Então, está acontecendo uma explosão do universo do conhecimento à
disposição e a escola continua a repassar o que está na cabeça da
professora, em vez de a professora ensinar seus alunos a fazerem a
conexão com os diversos universos do conhecimento disponíveis.
É como se a escola ainda ignorasse que está em curso uma grande revolução…
Exatamente.
Há um descolamento, uma disritmia entre o avanço das tecnologias de
informação e do conhecimento e o jeito como administramos esse
conhecimento no universo escolar. Uma forma interessante de tentar fazer
a ponte, o que os norte-americanos chamam de leap frog (dar um salto),
eu vi em Piraí, no Rio de Janeiro. Eles pegaram aquelas torres de
retransmissão de sinal de celular, fizeram um convênio com as empresas
para transmissão de sinal banda larga, internet e rádio. Com isso,
criaram uma rede wi-fi urbana, coisa que está sendo feita no mundo todo.
Os custos são ridículos, da ordem de US$ 10 por domicílio. Por meio de
um acordo com a Intel, compraram laptops de R$ 400 para as crianças. Eu
vi aquele pessoal de escola pública, pessoal de chinelinho de dedo,
típico das classes modestas, assistindo a uma aula de geografia e se
conectando ao Google Earth…
É
outra coisa. A gente tem de pensar que os meninos de hoje vão entrar no
mercado de trabalho daqui a dez, quinze anos. A revolução que estamos
vivendo hoje é uma revolução da passagem para a sociedade do
conhecimento.
O
senhor mencionou a necessidade de a escola se tornar articuladora
eficiente de parcerias. Quais seriam as principais, as mais
estratégicas?
Vamos
pegar o exemplo de Capela do Socorro, na região sul de São Paulo. Lá há
uma ONG, coordenada por Cleodon Silva, que organizou um sistema de
informação sobre aquela região, partindo dos dados que existem nas
prefeituras e nos diversos subsistemas de informação, e enraizando essas
informações na base que são os CEPs de correio. Qualquer pessoa conhece
o seu CEP. Então a pessoa coloca o número do seu CEP, oito dígitos, e
pode procurar quais são as escolas locais, quais os serviços prestados,
as migrações, enfim, o conjunto de informações que existem, mas que
estão dispersas e não se transformam em conhecimento. Imagine as escolas
da região de Capela do Socorro fazendo parcerias com essa ONG.
São
sistemas que buscam respostas práticas. Por exemplo, se você olhar
quantas creches há naquela região, que é pobre, são poucas, mas ele
trabalha com a molecadinha de rua, e eles anotam se veem uma plaquinha
numa casa onde está escrito “Aceita-se guarda”. O que é isso? É a rede
de creches informais que existe. Isso é importante? É importante para a
pessoa local.
Se
você vincula essas ONGs, que são especializadas em conhecimento, com
organizações comunitárias e com as escolas, você se mobiliza para
iniciativas de melhoramento de um bairro, de geração de atividades de
renda, etc. O clique lógico da economia do conhecimento é o seguinte:
quando eu produzo essencialmente bens físicos, por exemplo, esse meu
relógio, se eu passo a você, eu deixo de tê-lo. Mas, quando a base do
valor dos produtos é o conhecimento, se eu passo o meu conhecimento para
você, eu continuo com ele. Então o deslocamento que está se fazendo é
da visão da competição para a visão da colaboração.
É
um deslocamento de paradigma. Isto não é coisa de sonhador, você tem
trabalhos em nível mundial acontecendo de maneira colaborativa. A
própria Wikipedia é um processo colaborativo gratuito com o qual muita
gente contribui para fazer coisas úteis. Na economia mesmo, na área
empresarial, esse conceito está entrando com muita força.
Eu queria que o senhor falasse de uma instância em especial, que é o Conselho Municipal de Educação.
O
Conselho Municipal de Educação pode ser um articulador dessa nova visão
porque é formado por gente que vem de vários setores, com condições de
entender o que aquela comunidade mais precisa, além de poder fazer
parcerias com universidades ou centros de pesquisa para transformar esse
enriquecimento local em conhecimento. Mas é preciso que os conselhos
ultrapassem a visão de serem um tipo de fiscal das contas da prefeitura
para se tornarem fomentadores das diversas articulações que um sistema
local de conhecimento precisa.
O
MEC está requalificando os Conselhos Municipais de Educação em todo o
país, sei que será criado um portal dos conselhos e um software que
permita, de um lado, ao Ministério poder repassar estudos científicos,
documentos e propostas de atualização de sistemas de educação e, de
outro, que toda iniciativa inovadora de um conselho possa ser colocada
em rede.
Como o senhor vê o Ensino Médio no Brasil?
Eu
acho trágico que o moleque que faz até o fim do secundário chegue aos
18 anos para, pela primeira vez, visitar uma instituição de trabalho. O
currículo escolar deveria introduzir desde cedo visitas a um hospital, a
uma universidade, às indústrias, a uma empresa agrícola.
Dessa
forma, haveria uma melhor compreensão. As pessoas têm muito esse medo
da instrumentalização da educação. Nós temos uma herança antiga, de uma
visão utilitarista e um pouco comercial.
Na
década de 1980, se criticava o ensino profissionalizante como se ele
fosse um ensino “para o pobre”, enquanto o propedêutico era um ensino
para a classe média que ia para a universidade. O senhor não compartilha
dessa visão?
Não.
Eu acho que a raiz desse problema não está na educação, mas situa-se em
nível estrutural. A desigualdade nesse país é o problema número um. A
gente pode ver esse problema, pode evitar que haja uma educação para
rico e outra para pobre, mas ainda é o que fazemos hoje.
Ainda
pensando naquele jovem que se forma e não encontra emprego, como se
concilia uma expectativa de vida mais longa com uma diminuição
sistemática de empregos?
Para
que serve o emprego? Para você ter renda. Só que essa renda, esse
papel-moeda, em si não vale nada: você não come ele, você tem de ter os
bens, ou seja, você tem de produzir os bens e serviços, isto que é
importante. Hoje a gente produz no mundo cerca de US$ 6 mil de bens e
serviços para cada pessoa do planeta, a cada ano. Se você dividir isto
por 12 meses e pegar uma família de quatro pessoas, dá de R$ 3 mil a R$ 4
mil por mês, ou seja, o que a gente produz hoje no planeta é amplamente
suficiente para todo mundo viver com conforto e dignidade. Portanto, o
problema não está na produção, está em organizar o acesso à renda
correspondente.
O
trabalhador norte-americano trabalha de maneira desesperada, compra um
monte de bagulho, inclusive desperdiça cereais de uma forma fenomenal.
Com isto, outra parte do planeta está passando fome. Um caminho para
responder sua pergunta é a redução da jornada de trabalho. É óbvio que a
humanidade está precisando de cada vez menos volume de trabalho para
produzir o que necessita. É a experiência que se fez na França e que
funciona, na linha do trabalhar menos para trabalharem todos. Com todos
trabalhando, não é preciso ter aqueles fundos de desemprego, o que
permite subvencionar as empresas que chiam porque vão pagar o mesmo
salário, mas com menos horas de trabalho. Essa subvenção permitiu fazer
funcionar o sistema. Nós teremos que evoluir para a gradual redução da
jornada de trabalho.
Há
um texto do (economista John Maynard) Keynes, escrito em 1933, uma
carta para os seus netos imaginários, no qual ele imagina como será o
mundo deles; portanto, o nosso. Ele disse o seguinte: se forem
inteligentes os meus netos, eles trabalharão três dias por semana
porque, com as tecnologias que surgirão, será amplamente suficiente para
satisfazer o básico para cada um de nós. E note que ele escreveu esse
texto quando ainda nem tinha netos! Este é um eixo de solução. Nós
caminhamos para diversos tipos de desemprego estrutural. A pesca
artesanal ocupa cerca de 300 milhões de pessoas no mundo, mas ela vem
sendo destruída pela grande pesca oceânica, de navios superequipados.
Então,
com isso, estão sendo liquidados milhões de postos de trabalho, que
sustentavam diversas economias locais. Então você tem uma substituição
de empregos, mas, ao mesmo tempo, há a liquidação das reservas de peixe
do planeta. Esse pessoal que praticava a pesca artesanal vai ficar
desempregado e não terá renda para comprar esse peixe. Um exemplo disso:
o japonês gosta muito de barbatana de tubarão. Em 2006, foram pescados
73 milhões de tubarões. Pesca-se, corta-se a barbatana, joga-se o resto
fora. Toda essa destruição dos processos infelizmente tem uma lógica
sistêmica, que pode ser assim resumida: se não for eu, será outro. É a
lógica que está muito bem exemplificada no documentário A Corporação,
que eu recomendo.
Fonte: Envolverde/ Carta na Escola
Professor,
em sua opinião, quais adequações são necessárias para vincular a escola
às necessidades do mercado de trabalho e a uma aprendizagem
significativa.
Às vezes penso que esses especialistas nunca estiveram numa sala de aula que eu acho que ´[e o caso do professor Ladislau Dowbor, Então eu ao invés de passar o conteudo teria que passar a minha aula explicando para o aluno onde usaria tal conteúdo então ele se interessaria. O bom aluno não precisa desta estratégia ele se interessa automaticamente pelos assuntos transmitidos pelo professor e sabe que a pesar de ele não saber a finalidade do conteúdo estaria formando a base do conhecimento para construir um grande futuro pela frente. Por acaso os homens de suceso de hojen no passado ficaram preocupados com a finalidade dos conteúdos
ResponderExcluirMarcos Augusto Garcia Ramos
Eu não sei porque as pessoas insistem em querer afirmar e reafirmar que é preciso formar os alunos visando o mercado de trabalho. O mercado de trabalho meus queridos é elitizado. É capitalista e não tá nem aí com a educação. Quanto pior for o nível educacional de nossas escolas melhor para eles, pois assim, podem selecionar mais e por conta disso achatar os salários nas indústrias, alegando que não há mão de obra qualificada. Você acha mesmo que temos que dar sugestões para adequar nossas escolas de acordo com as necessidades do mercado de trabalho? Não seria melhor e mais plausível adequarmos nossas estruturas educacionais para a vida? Afinal não somos seres viventes?
ResponderExcluirÉ lamentável pensar a estrutura educacional voltada para o poder do capital. É lamentável ver os discursos serem cada vez mais contraditórios com as práticas pedagógicas. A lógica dos que comandam e dominam é perversa. Eles são pessoas, mas nos querem transformar em coisas, em máquinas de produzir, querem resultados. Cada vez mais vejo meus colegas mergulhados nessa lógica. Não conseguem ver. Não tem opinião própria. Não tem bom senso. São infelizes, mas ainda não sabem disso. É uma pena.
A grande sacada é que os educadores de modo geral se deleitam em textos do tipo "professor Ladislau" (esse aí de cima) Que é um defensor ferrenho da iniciativa privada e de suas ONGs que de não governamental não tem nada. Aliás, boa parte delas tem ligação com os desvios de verbas e corrupção (disse boa parte delas). Existem algumas que são sérias e nem por isso são merecedoras de elogios. Não fazem m ais que a obrigação já que são patrocinadas por verbas públicas.
Então, o que dizer de nosso modelo que não serve direito ao capital? Ora, penso que, em primeiro lugar devemos ser autênticos e pensar com nossos próprios neurônios. Temos de pensar nossa realidade, não a dos outros. Pensar nossa vida, falo daquela vida humana que corre o risco de no futuro não saber mais o que é um abraço pois, o capital e a tecnologia poderão definir que isso não estará de acordo com a demanda do mercado de trabalho. Precisamos mais de sabedoria e menos de saberes. Precisamos mais de humanidades e menos de utilidades. Precisamos de uma escola que nos ensine para a vida, não de uma escola que tire de nossas crianças, o que elas tem de mais nobre e precioso: a capacidade e a potencialidade de pensar por si mesma. Como diria Cora Coralina: "O saber agente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria, se aprende é com a vida e com os humildes".
Marcos A. Vilas Boas
“'Os alunos estão cansados de estudar coisas que lhes dizem que um dia vão entender a importância'. Eles têm que entender e sentir a utilidade já!" Interessante esta frase, aplicá-la na realidade de sala de aula que se torna um grande desafio. Quem sabe se tais pensadores, como Ladislau Dowbor, estivesse lecionando em escolas públicas de ensino fundamental e médio nos ajudaria com seus exemplos em salas de aula.
ResponderExcluirO ser humano tem que se dispor a aprender, caso contrario não aprenderá.
Antônio José Maia
Escreve José Gonçalves dos Santos
ResponderExcluirUm economista, especialista em Educação.... Que tal um professor de História, especilaista em macro-economia, ou um professor de Gramática, atuando estratégicamente no Ministério do Planejamento, preparando o país para enfrentar a crise economica internacional. Incongruências.Deixe-me puxar a sardinha para a mnha brasa. Já disse alguém que, "... um povo que não conhece a sua história corre o risco e repetí-la..." A professora Januária Vilela Santos, doutora em História´, escritora, e decana do corpo docente da Universidade de Taubaté, disse um dia que "não conhece sua história, não tem identidade..." Pois, é esse economista-educador, prega que nós professores conversemos com cada aluno e descubramos o que ele deseja aprender. Façamos as contas.... (meu caso) 13 salas, 400 alunos.... 400 projetos individualizados. Não sei não! Acho que esse cara está delirando. Mal consigo fazer um projeto por série.... Outra coisa, acabei de fazer essa pergunta a alguns alunos (antes de conhecer este texto) e as respostas foram quase unânimes: "nem sei o que to fazendo aqui". "To aqui, pof que meu pai manda...". "Pra mim, ganhar um salário mínimo, ta bom demais". "..... Pra que estudar?" . Acho furadas as idéias desse economista. FReconheço que ele tem direito de dar sua opinião, como cidadão comum. Ou como pai. Respeitável, porém sem levar em conta que é a solução para a educação do país. Acho que novos métodos de ensino são extremamnte necessários, porém cada professor não deve renunciar a sua parte no processo de ensino. Eu, como parte da área de humanas, acho que a solução ainda é a conscientização política, num projeto coletivo, interdisciplinar. Dar importancia a opiniões alhures é, na pior das hipóteses, menosprezar as nossas potencialidades e capacidaddes. Isso não vai dar certo!
Nos dias de hoje, aparecem vários pensadores, pessoas que sempre mostram as soluções dos problemas que enfrentamos no dia a dia da sala de aula, mas, muitos deles resolvem e dão soluções por de traz de uma mesa,portanto, só aceitarei por completo as soluções a fala desses pensadores quando os mesmos vivenciarem toda a problemática que os professores enfrentam nos dias de hoje.
ResponderExcluirDimas J. R. Faria
Acredito que hoje o maior desafio é encontrarmos e buscarmos soluções para tantos problemas em relação a Educação. Vejo que os pensadores tentão nos confortar com suas experiências mas sinto que estão fora e longe das nossas realidades em sala de aula. Com isso propronho que compartilhem todas as frustrações que no decorrer do caminho surgem porque a prática é outra quando o papel de ser professor está ativo nos dias de hoje. KÁTIA ARAÚJO.
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