segunda-feira, 21 de maio de 2012

HTPC de 21 a 25 de maio


Especialista em educação diz que aluno tem de sentir utilidade no que aprende


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Ladislau Dowbor“Os alunos estão cansados de estudar coisas que lhes dizem que um dia vão entender a importância. Eles têm que entender e sentir a utilidade já!” Essa seria uma das principais estratégias para aumentar o interesse dos alunos na escola, de acordo o economista Ladislau Dowbor, que é professor da PUC-SP e participou, no último dia 25 de novembro, do lançamento de uma coleção de cadernos sobre a tecnologia social do Bairro Escola, uma publicação da Associação Cidade Escola Aprendiz, em parceira com a editora Moderna, para a qual Dowbor colaborou ao conceder a entrevista a seguir.
Como seria uma escola menos “lecionadora” e mais articuladora, como o senhor defende?
O conteúdo geral do que se ensina está se deslocando. É o velho debate: se a cabeça tem de ser bem cheia ou bem feita. Na realidade, está se tornando muito mais importante dar sentido ao que a gente está estudando. O matemático Ubiratan D’Ambrósio menciona uma frase que eu uso também: “Os alunos estão cansados de estudar coisas que lhes dizem que um dia vão entender a importância”. Eles têm que entender e sentir a utilidade já! A criança possui uma curiosidade natural imensa por entender as coisas, veja a forma como eles desmontam um brinquedo, é o que a Madalena Freire chama de “paixão de conhecer o mundo”. Sob esse pano de fundo a gente está começando a repensar de uma maneira muito mais ampla qual é o conteúdo que estamos ensinando.
Eu me lembro de experiências que eu tive na Guiné-Bissau, na África, onde houve uma iniciativa de educação no interior de uma região produtora de arroz onde se dava num dia de aula, por exemplo na segunda-feira, o estudo das estruturas produtivas, no outro dia as estruturas sociais e por aí vai. São povos que vivem do arroz irrigado. Então, ensinava-se química mostrando o que é capilaridade, como é a salinidade da água e todas essas coisas que eles conhecem pela prática. Quando eles adquirem a compreensão teórica dos mecanismos que estão por trás disso, isso apaixona. Não havia nesta experiência o fatiamento em disciplinas e havia, essencialmente, a vontade de dar aos alunos instrumentos da compreensão do próprio mundo deles. O gosto de aprender é 90% da capacidade de aprender, porque é isto que realmente estimula.
Em um artigo publicado na revista Estudos Avançados da USP, no ano passado, o senhor exemplifica essa mudança com o que aconteceu em Pintadas, na Bahia. Explique melhor o que eles fizeram de tão inovador.
Este caso está diretamente ligado à mudança da cultura política. Pintadas é uma cidade onde a prefeitura foi assumida por movimentos sociais e eles passaram a buscar respostas para os seus problemas. Grande parte dos municípios do Nordeste localizados na região da Caatinga está envolvida com os programas de cisternas, movidos por uma rede de organizações da sociedade civil chamada Articulação no Semiárido (ASA). Isto porque na região Nordeste há a chuva, só que ela está concentrada em um período do ano, cai, se infiltra nos lençóis freáticos e desaparece. O que eles fazem? Captam essa água em cisternas (cada cisterna recebe até 16 mil litros), o que permite à família sobreviver durante o período seco com água suficiente, inclusive para jardinagem, cultivo de legumes e coisas do gênero. Isto é uma apropriação de conhecimento pela comunidade. Não são grandes conhecimentos, mas são essenciais em termos de responder às necessidades do lugar.
E a educação nisso? Apesar de Pintadas ficar no semiárido, as crianças nunca tinham tido uma aula sobre o semiárido, suas limitações e potencialidades. Hoje se ensina o semiárido nas escolas de Pintadas. É óbvio que isto envolve uma mudança de atitude na comunidade, e não só na escola, porque é preciso que ela esteja interessada em conhecimentos, que desperte para o fato de poder reconstruir o seu entorno de maneira diferente, porque o desenvolvimento não é uma coisa que chega lá de cima, é uma coisa que se faz. A partir daí, a própria escola passa a demandar conhecimento, não é mais “o que se empurra”, como estudar quem foi dona Carlota Joaquina, decorar o comprimento do Nilo, etc. Em termos de economia, já que sou um economista, poderíamos dizer que não é por oferta, mas por demanda que se organiza o conhecimento. Isso já foi visto e apresentado como uma visão reducionista, mas não é.
E como se combate a crítica de que esta seja uma visão reducionista da educação?
Demonstrando que a experiência concreta da criança é o seu entorno e quando se dá instrumentos óticos para a compreensão deste entorno, no qual a criança tem a sua experiência de vida, a assimilação dos conceitos teóricos se torna incomparavelmente mais rica. A partir daí, o aluno entenderá melhor outras dimensões mais amplas. Então, não se trata simplesmente de substituir uma educação pela outra, mas de enriquecer. Eu acho que isto nos leva a uma compreensão mais abrangente da educação, no seguinte sentido: eu cada vez menos trabalho com o conceito de educação e cada vez mais com o conceito de gestão do conhecimento.
Por exemplo: Jacob Anderle, que foi secretário de Educação de Santa Catarina, montou naquele Estado um projeto chamado “Minha Escola, Meu Lugar”. A escola passou a ser uma articuladora dos conhecimentos necessários à própria comunidade, gerando uma escola menos lecionadora e muito mais articuladora dos diversos subsistemas de conhecimento. Precisamos entender o seguinte: a ciência não está mais como um tipo de estoque acumulado na cabeça do professor. A ciência existe numa rede que você pode fazer com faculdades regionais, em sites na internet, com os mais diversos temas científicos disponíveis a custos irrisórios, ou seja, há uma disponibilidade do conhecimento e você tem de aprender a fazer a apropriação inteligente e o cruzamento desses conhecimentos. Então, está acontecendo uma explosão do universo do conhecimento à disposição e a escola continua a repassar o que está na cabeça da professora, em vez de a professora ensinar seus alunos a fazerem a conexão com os diversos universos do conhecimento disponíveis.
É como se a escola ainda ignorasse que está em curso uma grande revolução…
Exatamente. Há um descolamento, uma disritmia entre o avanço das tecnologias de informação e do conhecimento e o jeito como administramos esse conhecimento no universo escolar. Uma forma interessante de tentar fazer a ponte, o que os norte-americanos chamam de leap frog (dar um salto), eu vi em Piraí, no Rio de Janeiro. Eles pegaram aquelas torres de retransmissão de sinal de celular, fizeram um convênio com as empresas para transmissão de sinal banda larga, internet e rádio. Com isso, criaram uma rede wi-fi urbana, coisa que está sendo feita no mundo todo. Os custos são ridículos, da ordem de US$ 10 por domicílio. Por meio de um acordo com a Intel, compraram laptops de R$ 400 para as crianças. Eu vi aquele pessoal de escola pública, pessoal de chinelinho de dedo, típico das classes modestas, assistindo a uma aula de geografia e se conectando ao Google Earth…
É outra coisa. A gente tem de pensar que os meninos de hoje vão entrar no mercado de trabalho daqui a dez, quinze anos. A revolução que estamos vivendo hoje é uma revolução da passagem para a sociedade do conhecimento.
O senhor mencionou a necessidade de a escola se tornar articuladora eficiente de parcerias. Quais seriam as principais, as mais estratégicas?
Vamos pegar o exemplo de Capela do Socorro, na região sul de São Paulo. Lá há uma ONG, coordenada por Cleodon Silva, que organizou um sistema de informação sobre aquela região, partindo dos dados que existem nas prefeituras e nos diversos subsistemas de informação, e enraizando essas informações na base que são os CEPs de correio. Qualquer pessoa conhece o seu CEP. Então a pessoa coloca o número do seu CEP, oito dígitos, e pode procurar quais são as escolas locais, quais os serviços prestados, as migrações, enfim, o conjunto de informações que existem, mas que estão dispersas e não se transformam em conhecimento. Imagine as escolas da região de Capela do Socorro fazendo parcerias com essa ONG.
São sistemas que buscam respostas práticas. Por exemplo, se você olhar quantas creches há naquela região, que é pobre, são poucas, mas ele trabalha com a molecadinha de rua, e eles anotam se veem uma plaquinha numa casa onde está escrito “Aceita-se guarda”. O que é isso? É a rede de creches informais que existe. Isso é importante? É importante para a pessoa local.
Se você vincula essas ONGs, que são especializadas em conhecimento, com organizações comunitárias e com as escolas, você se mobiliza para iniciativas de melhoramento de um bairro, de geração de atividades de renda, etc. O clique lógico da economia do conhecimento é o seguinte: quando eu produzo essencialmente bens físicos, por exemplo, esse meu relógio, se eu passo a você, eu deixo de tê-lo. Mas, quando a base do valor dos produtos é o conhecimento, se eu passo o meu conhecimento para você, eu continuo com ele. Então o deslocamento que está se fazendo é da visão da competição para a visão da colaboração.
É um deslocamento de paradigma. Isto não é coisa de sonhador, você tem trabalhos em nível mundial acontecendo de maneira colaborativa. A própria Wikipedia é um processo colaborativo gratuito com o qual muita gente contribui para fazer coisas úteis. Na economia mesmo, na área empresarial, esse conceito está entrando com muita força.
Eu queria que o senhor falasse de uma instância em especial, que é o Conselho Municipal de Educação.
O Conselho Municipal de Educação pode ser um articulador dessa nova visão porque é formado por gente que vem de vários setores, com condições de entender o que aquela comunidade mais precisa, além de poder fazer parcerias com universidades ou centros de pesquisa para transformar esse enriquecimento local em conhecimento. Mas é preciso que os conselhos ultrapassem a visão de serem um tipo de fiscal das contas da prefeitura para se tornarem fomentadores das diversas articulações que um sistema local de conhecimento precisa.
O MEC está requalificando os Conselhos Municipais de Educação em todo o país, sei que será criado um portal dos conselhos e um software que permita, de um lado, ao Ministério poder repassar estudos científicos, documentos e propostas de atualização de sistemas de educação e, de outro, que toda iniciativa inovadora de um conselho possa ser colocada em rede.
Como o senhor vê o Ensino Médio no Brasil?
Eu acho trágico que o moleque que faz até o fim do secundário chegue aos 18 anos para, pela primeira vez, visitar uma instituição de trabalho. O currículo escolar deveria introduzir desde cedo visitas a um hospital, a uma universidade, às indústrias, a uma empresa agrícola.
Dessa forma, haveria uma melhor compreensão. As pessoas têm muito esse medo da instrumentalização da educação. Nós temos uma herança antiga, de uma visão utilitarista e um pouco comercial.
Na década de 1980, se criticava o ensino profissionalizante como se ele fosse um ensino “para o pobre”, enquanto o propedêutico era um ensino para a classe média que ia para a universidade. O senhor não compartilha dessa visão?
Não. Eu acho que a raiz desse problema não está na educação, mas situa-se em nível estrutural. A desigualdade nesse país é o problema número um. A gente pode ver esse problema, pode evitar que haja uma educação para rico e outra para pobre, mas ainda é o que fazemos hoje.
Ainda pensando naquele jovem que se forma e não encontra emprego, como se concilia uma expectativa de vida mais longa com uma diminuição sistemática de empregos?
Para que serve o emprego? Para você ter renda. Só que essa renda, esse papel-moeda, em si não vale nada: você não come ele, você tem de ter os bens, ou seja, você tem de produzir os bens e serviços, isto que é importante. Hoje a gente produz no mundo cerca de US$ 6 mil de bens e serviços para cada pessoa do planeta, a cada ano. Se você dividir isto por 12 meses e pegar uma família de quatro pessoas, dá de R$ 3 mil a R$ 4 mil por mês, ou seja, o que a gente produz hoje no planeta é amplamente suficiente para todo mundo viver com conforto e dignidade. Portanto, o problema não está na produção, está em organizar o acesso à renda correspondente.
O trabalhador norte-americano trabalha de maneira desesperada, compra um monte de bagulho, inclusive desperdiça cereais de uma forma fenomenal. Com isto, outra parte do planeta está passando fome. Um caminho para responder sua pergunta é a redução da jornada de trabalho. É óbvio que a humanidade está precisando de cada vez menos volume de trabalho para produzir o que necessita. É a experiência que se fez na França e que funciona, na linha do trabalhar menos para trabalharem todos. Com todos trabalhando, não é preciso ter aqueles fundos de desemprego, o que permite subvencionar as empresas que chiam porque vão pagar o mesmo salário, mas com menos horas de trabalho. Essa subvenção permitiu fazer funcionar o sistema. Nós teremos que evoluir para a gradual redução da jornada de trabalho.
Há um texto do (economista John Maynard) Keynes, escrito em 1933, uma carta para os seus netos imaginários, no qual ele imagina como será o mundo deles; portanto, o nosso. Ele disse o seguinte: se forem inteligentes os meus netos, eles trabalharão três dias por semana porque, com as tecnologias que surgirão, será amplamente suficiente para satisfazer o básico para cada um de nós. E note que ele escreveu esse texto quando ainda nem tinha netos! Este é um eixo de solução. Nós caminhamos para diversos tipos de desemprego estrutural. A pesca artesanal ocupa cerca de 300 milhões de pessoas no mundo, mas ela vem sendo destruída pela grande pesca oceânica, de navios superequipados.
Então, com isso, estão sendo liquidados milhões de postos de trabalho, que sustentavam diversas economias locais. Então você tem uma substituição de empregos, mas, ao mesmo tempo, há a liquidação das reservas de peixe do planeta. Esse pessoal que praticava a pesca artesanal vai ficar desempregado e não terá renda para comprar esse peixe. Um exemplo disso: o japonês gosta muito de barbatana de tubarão. Em 2006, foram pescados 73 milhões de tubarões. Pesca-se, corta-se a barbatana, joga-se o resto fora. Toda essa destruição dos processos infelizmente tem uma lógica sistêmica, que pode ser assim resumida: se não for eu, será outro. É a lógica que está muito bem exemplificada no documentário A Corporação, que eu recomendo.
Fonte: Envolverde/ Carta na Escola

Professor, em sua opinião, quais adequações são necessárias para vincular a escola às necessidades do mercado de trabalho e a uma aprendizagem significativa.


6 comentários:

  1. Às vezes penso que esses especialistas nunca estiveram numa sala de aula que eu acho que ´[e o caso do professor Ladislau Dowbor, Então eu ao invés de passar o conteudo teria que passar a minha aula explicando para o aluno onde usaria tal conteúdo então ele se interessaria. O bom aluno não precisa desta estratégia ele se interessa automaticamente pelos assuntos transmitidos pelo professor e sabe que a pesar de ele não saber a finalidade do conteúdo estaria formando a base do conhecimento para construir um grande futuro pela frente. Por acaso os homens de suceso de hojen no passado ficaram preocupados com a finalidade dos conteúdos
    Marcos Augusto Garcia Ramos

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  2. Eu não sei porque as pessoas insistem em querer afirmar e reafirmar que é preciso formar os alunos visando o mercado de trabalho. O mercado de trabalho meus queridos é elitizado. É capitalista e não tá nem aí com a educação. Quanto pior for o nível educacional de nossas escolas melhor para eles, pois assim, podem selecionar mais e por conta disso achatar os salários nas indústrias, alegando que não há mão de obra qualificada. Você acha mesmo que temos que dar sugestões para adequar nossas escolas de acordo com as necessidades do mercado de trabalho? Não seria melhor e mais plausível adequarmos nossas estruturas educacionais para a vida? Afinal não somos seres viventes?
    É lamentável pensar a estrutura educacional voltada para o poder do capital. É lamentável ver os discursos serem cada vez mais contraditórios com as práticas pedagógicas. A lógica dos que comandam e dominam é perversa. Eles são pessoas, mas nos querem transformar em coisas, em máquinas de produzir, querem resultados. Cada vez mais vejo meus colegas mergulhados nessa lógica. Não conseguem ver. Não tem opinião própria. Não tem bom senso. São infelizes, mas ainda não sabem disso. É uma pena.
    A grande sacada é que os educadores de modo geral se deleitam em textos do tipo "professor Ladislau" (esse aí de cima) Que é um defensor ferrenho da iniciativa privada e de suas ONGs que de não governamental não tem nada. Aliás, boa parte delas tem ligação com os desvios de verbas e corrupção (disse boa parte delas). Existem algumas que são sérias e nem por isso são merecedoras de elogios. Não fazem m ais que a obrigação já que são patrocinadas por verbas públicas.
    Então, o que dizer de nosso modelo que não serve direito ao capital? Ora, penso que, em primeiro lugar devemos ser autênticos e pensar com nossos próprios neurônios. Temos de pensar nossa realidade, não a dos outros. Pensar nossa vida, falo daquela vida humana que corre o risco de no futuro não saber mais o que é um abraço pois, o capital e a tecnologia poderão definir que isso não estará de acordo com a demanda do mercado de trabalho. Precisamos mais de sabedoria e menos de saberes. Precisamos mais de humanidades e menos de utilidades. Precisamos de uma escola que nos ensine para a vida, não de uma escola que tire de nossas crianças, o que elas tem de mais nobre e precioso: a capacidade e a potencialidade de pensar por si mesma. Como diria Cora Coralina: "O saber agente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria, se aprende é com a vida e com os humildes".
    Marcos A. Vilas Boas

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  3. “'Os alunos estão cansados de estudar coisas que lhes dizem que um dia vão entender a importância'. Eles têm que entender e sentir a utilidade já!" Interessante esta frase, aplicá-la na realidade de sala de aula que se torna um grande desafio. Quem sabe se tais pensadores, como Ladislau Dowbor, estivesse lecionando em escolas públicas de ensino fundamental e médio nos ajudaria com seus exemplos em salas de aula.
    O ser humano tem que se dispor a aprender, caso contrario não aprenderá.
    Antônio José Maia

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  4. Escreve José Gonçalves dos Santos

    Um economista, especialista em Educação.... Que tal um professor de História, especilaista em macro-economia, ou um professor de Gramática, atuando estratégicamente no Ministério do Planejamento, preparando o país para enfrentar a crise economica internacional. Incongruências.Deixe-me puxar a sardinha para a mnha brasa. Já disse alguém que, "... um povo que não conhece a sua história corre o risco e repetí-la..." A professora Januária Vilela Santos, doutora em História´, escritora, e decana do corpo docente da Universidade de Taubaté, disse um dia que "não conhece sua história, não tem identidade..." Pois, é esse economista-educador, prega que nós professores conversemos com cada aluno e descubramos o que ele deseja aprender. Façamos as contas.... (meu caso) 13 salas, 400 alunos.... 400 projetos individualizados. Não sei não! Acho que esse cara está delirando. Mal consigo fazer um projeto por série.... Outra coisa, acabei de fazer essa pergunta a alguns alunos (antes de conhecer este texto) e as respostas foram quase unânimes: "nem sei o que to fazendo aqui". "To aqui, pof que meu pai manda...". "Pra mim, ganhar um salário mínimo, ta bom demais". "..... Pra que estudar?" . Acho furadas as idéias desse economista. FReconheço que ele tem direito de dar sua opinião, como cidadão comum. Ou como pai. Respeitável, porém sem levar em conta que é a solução para a educação do país. Acho que novos métodos de ensino são extremamnte necessários, porém cada professor não deve renunciar a sua parte no processo de ensino. Eu, como parte da área de humanas, acho que a solução ainda é a conscientização política, num projeto coletivo, interdisciplinar. Dar importancia a opiniões alhures é, na pior das hipóteses, menosprezar as nossas potencialidades e capacidaddes. Isso não vai dar certo!

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  5. Nos dias de hoje, aparecem vários pensadores, pessoas que sempre mostram as soluções dos problemas que enfrentamos no dia a dia da sala de aula, mas, muitos deles resolvem e dão soluções por de traz de uma mesa,portanto, só aceitarei por completo as soluções a fala desses pensadores quando os mesmos vivenciarem toda a problemática que os professores enfrentam nos dias de hoje.
    Dimas J. R. Faria

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  6. Acredito que hoje o maior desafio é encontrarmos e buscarmos soluções para tantos problemas em relação a Educação. Vejo que os pensadores tentão nos confortar com suas experiências mas sinto que estão fora e longe das nossas realidades em sala de aula. Com isso propronho que compartilhem todas as frustrações que no decorrer do caminho surgem porque a prática é outra quando o papel de ser professor está ativo nos dias de hoje. KÁTIA ARAÚJO.

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